quarta-feira, 19 de outubro de 2011


Poema 154


Há quem da vida
procure apenas retas e brandos ventos,
portos serenos, mananciais de sorrisos.

Eu não.

Gosto é das ondas
que (des)afiam pedras
e fazem tombar navios.

São elas que incitam
o mergulho (preciso);

são elas que emprestam sal
a pele, alma e língua.
 
 Filipe Couto

Um comentário:

  1. "E o que quer e o que pode essa língua..." Belo poema Filipe. abs
    Nelson

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