segunda-feira, 1 de março de 2021
Pilha de louça
Pilha de roupa
Pilha de gente
Pilha de nervos
Eliana Pichinine
E eu
Aqui
Filha de uma
Irmã de tantas
Não somos santas
Foi nesse espelho
Que eu
Me vi
E nesse novo dia, uma nova cor
Como a de ontem, mas vejo um novo tom
Sei que não nasci e não vou morrer pronta
Pra entender toda cor e sentir cada som
Empilho os retratos
Penso num jeito
Corto um dobrado
Para me organizar
Dentro de mim
Pilha de louça, de roupa, de gente, de nervos
Retrós separados, cortei o dobrado e vou costurar
Uma filha na outra, a mãe dando o norte
Um pouco de sorte, e talvez,
Com essa pilha do dia, com três novas cores
Resgato as flores, quem sabe eu consiga pensar
Guilherme Pichinine
(O talentoso olhar de Guilherme Pichinine)
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