Sua pele
veste
este poema
ou
vice-versa?
Eliana Pichinine
segunda-feira, 25 de julho de 2011
sábado, 16 de julho de 2011
saudade eu tenho do que não nos coube
lamento apenas o desconhecimento
daquilo que não deu tempo de repartir
você não saboreou meu suor
eu não lhe provei as lágrimas
é no líquido que somos desvendados
no gosto das coisas o amor se reconhece
o meu pior e o meu melhor e os seus
ficaram sem ser apresentados
Martha Medeiros
In: MEDEIROS,Martha - Cartas Extraviadas e outros poemas, L&PM, Porto Alegre,2010.
lamento apenas o desconhecimento
daquilo que não deu tempo de repartir
você não saboreou meu suor
eu não lhe provei as lágrimas
é no líquido que somos desvendados
no gosto das coisas o amor se reconhece
o meu pior e o meu melhor e os seus
ficaram sem ser apresentados
Martha Medeiros
In: MEDEIROS,Martha - Cartas Extraviadas e outros poemas, L&PM, Porto Alegre,2010.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Guardar
Guardar uma coisa
não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda
coisa alguma.
Em cofre perde-se
a coisa à vista.
Guardar uma coisa é
olhá-la, fitá-la, mirá-la
por admirá-la, isto é,
iluminá-la ou ser por ela
iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é,
fazer vigília por ela, isto é, velar por ela,
isto é, estar acordando por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda
Por isso melhor se guarda
o vôo de um pássaro
do que pássaros sem vôos.
Por isso se escreve,
por isso se diz,
por isso se publica,
por isso se declara e declama
um poema:
Para guardá-lo.
Para que ele, por sua vez,
guarde o que guarda.
Guarde o que quer
que guarda um poema.
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que quer guardar.
Antonio Cícero
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Alforria II
Recém
antigo
amor
de ti
tornei-me
refém
E agora
liberto-me
das
correntes
que criei
22/10/10 & 27/10/10
Eliana Pichinine
antigo
amor
de ti
tornei-me
refém
E agora
liberto-me
das
correntes
que criei
22/10/10 & 27/10/10
Eliana Pichinine
Alforria I
Coração alforriado
soltou-se da corrente
Num dia ensolarado
avistou um antigo
e marcante amor
Quando menos esperava
não ouviu o compasso
da palpitação
Os olhos seguiram
outro rumo
sorrindo de montão*
14/10/10 & 21/10/10
Eliana Pichinine
*Expressão popular
soltou-se da corrente
Num dia ensolarado
avistou um antigo
e marcante amor
Quando menos esperava
não ouviu o compasso
da palpitação
Os olhos seguiram
outro rumo
sorrindo de montão*
14/10/10 & 21/10/10
Eliana Pichinine
*Expressão popular
terça-feira, 5 de julho de 2011
Convivência
Casear
a sua vontade
com a do outro
Aparar arestas
Captar o tom
separadamente
juntos
9/10/10
Eliana Pichinine
In: Pichinine, Eliana- Retrós, Editora Multifoco, 2011,p85.
a sua vontade
com a do outro
Aparar arestas
Captar o tom
separadamente
juntos
9/10/10
Eliana Pichinine
In: Pichinine, Eliana- Retrós, Editora Multifoco, 2011,p85.
domingo, 3 de julho de 2011
1 ano!
No dia 7 de julho de 2011 este espaço completará 1 ano!
No decorrer da semana postarei alguns poemas
que foram mostrados nesse período.
Quem quiser participar e opiniar qual gostaria de reler,
ou o que mais gostou, é só
indicar nos comentários.
Obrigada pelo carinho de todos
que compartilham comigo
umas das maravilhas da vida:
a poesia!
Grande bj
Eliana Pichinine
No decorrer da semana postarei alguns poemas
que foram mostrados nesse período.
Quem quiser participar e opiniar qual gostaria de reler,
ou o que mais gostou, é só
indicar nos comentários.
Obrigada pelo carinho de todos
que compartilham comigo
umas das maravilhas da vida:
a poesia!
Grande bj
Eliana Pichinine
sábado, 2 de julho de 2011
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