Todos temos um enigma
e como é lógico ignoramos
qual é a sua chave seu sigilo
raspamos a proximidade
colecionamos os despojos
nos extraviamos nos ecos
e o perdemos no sonho
justo quando ia se decifrar
e tu também tens o teu
um enigma tão simples
que os postigos não o escondem
nem o descartam os presságios
está em teus olhos e os fechas
está em tuas mãos e as retiras
está em teu peito e os cobres
está em meu enigma e o abandonas
Mario Benedetti
In: BENEDETTI, Mario- Amor, as mulheres e a vida: Antologia de poemas de amor- Verus Editora, Campinas, 2010.
terça-feira, 21 de junho de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Edifício Amizade *
Ainda em construção
caminha sem pressa
Demora para acimentar
Os tijolos porosos
não resistem à ventania
dos acontecimentos
Aqueles mais resistentes
sentem o abalo
mas conseguem
permanecer
Os anos passam
e a obra
vai ficando
pronta
para encarar mudanças
inerentes
a cada
tijolo
parede
janela
porta
da história
deste edifício
Eliana Pichinine
* Este poema é fruto de uma combinação com Assis Furriel. (www.blogdochicofurriel.blogspot.com). Desta vez foi ele quem sugeriu um tema. Eis aqui a encomenda sobre o tema edifício.
caminha sem pressa
Demora para acimentar
Os tijolos porosos
não resistem à ventania
dos acontecimentos
Aqueles mais resistentes
sentem o abalo
mas conseguem
permanecer
Os anos passam
e a obra
vai ficando
pronta
para encarar mudanças
inerentes
a cada
tijolo
parede
janela
porta
da história
deste edifício
Eliana Pichinine
* Este poema é fruto de uma combinação com Assis Furriel. (www.blogdochicofurriel.blogspot.com). Desta vez foi ele quem sugeriu um tema. Eis aqui a encomenda sobre o tema edifício.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Vestido*
Quando jovem o projetei
e sonhei
Já adulta o concretizei
ao som de música clássica
Então o usei
ao longo dos anos
Entre flores
e espinhos
ele se desfez
Segui sonhando
projetando, concretizando
Outros sonhos passaram
mas aquele ficou
Companheiro
e
amigo
nunca me deixou
E em futuro bem próximo
envolverá minha alma
com seu tecido sutil
para juntos finalmente
no espaço volitar
15/5/2011
Miriam Pichinine
*Sobre o vestido de noiva (desenhado, costurado e bordado por ela) da minha querida mãe.
e sonhei
Já adulta o concretizei
ao som de música clássica
Então o usei
ao longo dos anos
Entre flores
e espinhos
ele se desfez
Segui sonhando
projetando, concretizando
Outros sonhos passaram
mas aquele ficou
Companheiro
e
amigo
nunca me deixou
E em futuro bem próximo
envolverá minha alma
com seu tecido sutil
para juntos finalmente
no espaço volitar
15/5/2011
Miriam Pichinine
*Sobre o vestido de noiva (desenhado, costurado e bordado por ela) da minha querida mãe.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Brinquedo sério - Letra: Alice Ruiz
Música: Celito Espíndola e Jerry Espíndola
Eu só brinco
quando é muito sério
é muito sério
ser o teu brinquedo
Não tem mistério
não tem segredo
quando a gente brinca
quando a coisa é séria
quando o teu limite
é tão perfeito
quando ser brinquedo
pode ser tão sério
Pode haver um dia
em que a poesia
mude de endereço
deixe apenas tédio
mas enquanto isso
vem brincar comigo
vamos até onde
possa ser só riso
possa ir tão longe
possa ser tão lindo
pode ser brinquedo
pode ser tão sério
Eu só brinco
quando é muito sério
é muito sério
ser o teu brinquedo
Não tem mistério
não tem segredo
quando a gente brinca
quando a coisa é séria
quando o teu limite
é tão perfeito
quando ser brinquedo
pode ser tão sério
Pode haver um dia
em que a poesia
mude de endereço
deixe apenas tédio
mas enquanto isso
vem brincar comigo
vamos até onde
possa ser só riso
possa ir tão longe
possa ser tão lindo
pode ser brinquedo
pode ser tão sério
sexta-feira, 3 de junho de 2011
quarta-feira, 1 de junho de 2011
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