sexta-feira, 1 de abril de 2011

PAPELÃO

Cuidado: frágil


Era manhã
e esse alerta
reluzia na cor de topázio


numa caixa de papelão
com jeito de cobertor


Era alguém dormindo
na calçada

Cuidado: frágil


Eliana Pichinine

5 comentários:

  1. Eliana,

    difícil comentar um poema lindamente triste. A vida é absolutamente tudo que se possa fazer dela: bem e mal.

    Deixarei, como de praxe, mais um guarda-chuva musical, que embora seja romântica, não necessariamente de caráter social, apresenta uma frase que mostra o quanto somos frágeis mais que maus (aliás , como nos ensinou Jesus).

    "...Vida, pisa devagar meu coração cuidado é frágil. Meu coração é como vidro, como um beijo de novela..." (Coração Selvagem - Belchior)

    Bjs.

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  2. Assis,

    A fome e a busca por uma vida digna nas ruas cariocas, ainda é uma realidade cotidiana que presencio.

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  3. Triste mesmo. Uma professora uma vez falou algo que ficou marcado em mim. Ela disse que uma sociedade que deixa e não se incomoda de ver pessoas dormindo na rua é uma sociedade doente, ela permitirá muitas outras crueldades a mais. O q é super verdade! Não que deixamos assim, sabemos que tem abrigos, pessoas responsáveis pra ver isso e blá blá blá, no entanto, eles ainda estão ai...

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  4. Bom dia Eliana, bom a dia blogueiros:
    Não sei se estou frágil demais essa manhã mas o fato é que a poesia me fez chorar. É linda demais!
    E triste também! Real demais!
    Os domentários ricos e de uma fineza, que tenho medo de errar!
    Parabéns Eliana
    Sonia

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  5. Sonia,
    Prazer em conhecê-la por meio deste espaço.Obrigada pelas palavras. Volte sempre que desejar!
    Abraços,
    Eliana

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