quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Varanda
Saudade
Varanda
do coração
Aperto
que pipoca
Eliana Pichinine
In: PICHININE, Eliana- Retrós, Ed Multifoco,2011
domingo, 28 de agosto de 2011
Resenha de Assis Furriel: Poesias de Eliana Pichinine
Lançado no último sábado (26/03) pelo selo FuturArte da Editora Multifoco, "Retrós" de Eliana Pichinine nos traz uma poesia ágil, cheia de significados e imagens, às vezes fortes, às vezes singelas. O livro revela uma autora sem tempo a perder. Sua poesia vai direto ao ponto que se quer, sem meias-palavras, quase nos obrigando a lê-la num só fôlego. Emocionante e envolvente, nos leva à reflexão sobre os aspectos mais humanos da vida. Temas como o amor, o desamor, a paixão, a família, a amizade, a arte, o tempo, memórias etc. são colocados com uma competência sintética de quem não faz rodeios. A prolixidade não vai estar no texto escrito, longe disso, está no que se pensa do que foi lido. É preciso, por vezes, pensar e descobrir sentidos mais profundos; em outros momentos, o nexo da ideia com o texto está ali mesmo na cara. Há de se reconhecer o talento de Pichinine para a "escrita taquigráfica", como observa André Luiz Pinto, autor do texto de sua contra-capa. Escrever muito em poucas palavras não é para qualquer um; é uma verdadeira arte. Além da contra-capa assinada pelo poeta e amigo André, o livro ainda apresenta uma orelha assinada por Marielza Tiscate, artista e amiga da autora e um lindo prefácio escrito por sua irmã, a filósofa Diana Pichinine. Logo, como se percebe, estamos diante de uma trama muito bem costurada por Eliana para nos prender ao livro, como na arte de coser. Faço uma referência ao poema "semente", da página 41, que Eliana oferece ao blogueiro que vos fala. Aliás, sua generosidade poética dedicou vários a outros tantos amigos.
Para Assis Furriel
Semente
A cultura
na terra
cutuca
a nuca da cria
da arte
da germinação
20/08/09
História
Antigos seremos
Empunhando bandeiras
Mais valiosas que as vidas
Menos importantes que um naco de chão
A mais
A mais
Modernos seremos
Quando desfizermos o mistério dos enlaces
Mais parecidos com nós de marinheiro
Que nos prendem ao mastro da embarcação
Pois em mares bravios
Talvez seja preciso cair no mar
Para nos salvar
Contemporâneos
Seremos
Quando a vida
O chão
O mar
E a embarcação
Forem todos uma coisa só
Unidos por nenhum nó
Nenhum nó
Marielza Tiscate
Para minha amiga Eliana Pichinine (versoseanversosfotogenicos.blogspot.com)
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
ESTIVE AQUI
Nestes
corredores
por ora
mudos
nossas
vozes
conversavam
A felicidade
cantarolava
e os dias
brincavam
Sorrisos
enfeitados
de paixão
floresciam
Na árvore
da lembrança
registrei
essa saudade:
Estive aqui
Eliana Pichinine
9/7/10
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
MORADIA
Há um mundo
que fere
que se atreve
que teme
que vive
cá dentro
na borda
Eliana Pichinine
27/11/09
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Meu Epitáfio
Morta...serei árvore
serei tronco, serei fronde
e minhas raízes
enlaçadas às pedras do meu berço
são as cordas que brotam de uma lira
Enfeitei de folhas verdes
a pedra de meu túmulo
num simbolimo
de vida vegetal
Não morre aquele
que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos
Cora Coralina
In : CORALINA, Cora - Meu livro de cordel, Global Editora,São Paulo, 2001.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)